segunda-feira, 19 de abril de 2010

Olhei lá do fundo do quintal e lá estavam elas, imensas e frondosas,não me contentei em olhar somente de longe,abri o portão e fui até o campo que ficava a quatro casas dali.
Com os pés no chão, a terra estava quente e macia, atravessei a velha porteira, e fiquei olhando o mato que abaixava e levantava seguindo a ordem do vento...Caminhei por uma pequena trilha e parei atônita diante das duas majestades fiquei sentindo o vento e o sol que ardia a queimar minha pele,mas eu estava encantanda com as duas árvores...Os galhos carregados por pequenas flores dançavam ao regimento do vento e como canções as flores caiam cada uma em seu momento...Eram muitas flores e iam foemando um tapete,o ar, o chão era tudo cheiro de mato e flores uma mistura leve e de cores vivas...Oh! Meu Deus! Como eu queria cravar aquilo dentro do meu coração...O silêncio me tomou,fechei os olhos, experimentando aquela sensação magnífica de estar no meio de uma cachoeira de flores...E quando abri os olhos vi que o tapete cada vez mais estava sendo florido e desenhado, eu percebi que naquele momento eu ganhava o mais belo presente que jamais iria imaginar que ganharia algum dia...
Com os pés naquele tapete, senti vontade de dançar, mas eu não sei... E pensei que para dançar não é preciso saber muito...Mas deixar-se levar pelo presente que eu acabara de ganhar...Então acreditei e dancei...Soltei o corpo...E o vento, as flores, o sol tornaram-se senhores de todo o restante...testemunhas desse momento tão meu e mágico...E as flores caiam e os meus pés tocavam aquele mato guarnecido de tão lindas e pequenas flores. Quando cansei, parei...
Cheguei mais perto das duas majestades, abracei uma...e pedi vida, preciso viver...Fui até a outra e a abracei também, fiquei ali abraçando a árvore e a natureza me abraçando era uma troca de sentimentos sem cobrança, agradeci a Deus e as duas majestades, pois me fizeram muito feliz naquela tarde...
Depois sentei e fiquei vendo os raios que iluminavam nesse momento as duas grandezas cúmplices da despedida da estrela o sol...E assim foi aos poucos escurecendo, uma orquestra de pássaros com seus diferentes trinados nos galhos das árvores acompanhavam tudo...Voltei arrastando os pés pelo mato, carregava os chinelos nas mãos,a alma leve, um coração mais contente e se eu pudesse olhsr um espelho nesse momentop diria que os meus olhos estariam com um brilho diferente pelo espetáculo que eu acabara de presenciar...
Foi a primeira vez que vi uma primavera tão florida e quando a noite chegou eu ainda sentia o perfume das flores...
Poeta Menina Cafelândia 2008

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